O Autor

 

 

 José Maria Eça de Queirós nasceu na Póvoa de Varzim, em 25 de novembro de 1845. Estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde fez parte do grupo de intelectuais liderados por Antero de Quental e Teófilo Braga.

Participou, à distância, da Questão Coimbrã – a polêmica em que autores românticos e realistas debatiam teoricamente sobre o valor de cada estética. Essa discussão iniciou o Realismo em Portugal.

A estética realista/naturalista foi marcada com o lançamento do romance O Crime do Padre Amaro, de 1875. 

 

 Eça foi advogado e jornalista e colaborou também com jornais brasileiros. Em 1869, viajou ao Oriente para presenciar a inauguração do Canal de Suez, e a partir dessa experiência juntou dados e percepções para o livro O Egito.

Trabalhou como diplomata e serviu em Cuba, na Inglaterra e na França.

 

Participou, ao longo de sua vida pública e literária, de várias polêmicas, sendo uma das mais famosas a que travou com Machado de Assis, no romance “O Primo Basílio”.

Começou escrevendo folhetins e artigos para jornais.

Eça de Queiroz teve três fases em sua vida literária:

 

- No inicio, a prosa de Eça era ainda marcada por influências românticas. Esses textos foram, depois, reunidos num volume intitulado Prosas Bárbaras, em 1905.

 

 

- Em 1875, publica “O crime do Padre Amaro”. Isso marcou o início de sua fase realista/naturalista. Desse período, fazem parte, também: O Primo Basílio, O Mandarim e A Relíquia. Esta fase é extremamente importante e a crítica à sociedade é feita de forma mais pesada e direta: o autor não poupava seus ataques aos valores burgueses, à hipocrisia, ao provincianismo e aos jogos de aparência da sociedade portuguesa.

O romance Os Maias foi escrito na transição dessa fase realista/naturalista para sua fase mais tranqüila.

 

- A terceira fase de Eça pode ser chamada de realismo fantasista. Assim, o autor mesclava diversas influências, como o idealismo romântico e o Impressionismo. É um período de imagens mais suaves, idealizadas, como as que vemos em A Cidade e as Serras.

  

Seja qual for a fase, a sua escrita é elegante, detalhista e rigorosa, mas moderna e com ironia sofisticada, o que dá leveza às narrativas. 

Faleceu a 16 de agosto de 1900, aos 55 anos, em Paris.


Outras obras do autor:

• O Mandarim, 1880. 

• A Relíquia, 1887. 

• O Mistério da Estrada de Sintra, 1894

• Um Génio que era um Santo, 1896 
• A Duse, 1898

 

 

 

   

Fontes: https://www.clickideia.com.br/cgi-local/lib-site/conteudo/mostra_conteudo.pl?nivel=m&disc=lit&codpag=LIT09050101

 

https://vestibular.brasilescola.com/resumos-de-livros/eca-queiros.htm